A Polícia Federal passará a utilizar novas ferramentas tecnológicas capazes de romper barreiras de segurança e acessar dados armazenados em computadores e notebooks da Apple equipados com o chip T2. A compra, realizada pela Diretoria Técnico Científica, foi estimada em cento e sessenta mil reais e inclui licenças de softwares de criptoanálise e soluções avançadas destinadas à quebra de senhas em equipamentos com sistema MacOS apreendidos em investigações.
O estudo técnico que embasou a contratação aponta que a PF vinha enfrentando dificuldades crescentes para realizar perícias em pelo menos dezesseis modelos da Apple produzidos entre 2018 e 2020. O chip T2, integrado ao hardware, adiciona camadas de segurança que incluem criptografia de armazenamento, autenticação por biometria e inicialização segura, o que inviabilizava o acesso a dados relevantes para investigações criminais sem suporte tecnológico atualizado.
Segundo o documento, a limitação afetava diretamente a produção de provas digitais, tanto no laboratório central da Diretoria Técnico Científica quanto nas unidades descentralizadas de criminalística. As licenças anteriormente utilizadas pela PF haviam sido adquiridas em 2018 e perderam validade em 2024, deixando lacunas operacionais no tratamento de mídias apreendidas.
Com as novas ferramentas, a corporação busca restabelecer sua capacidade de acessar informações criptografadas, etapa essencial em investigações que envolvem crimes cibernéticos, lavagem de dinheiro, organizações criminosas e fraudes complexas que dependem da análise de dispositivos eletrônicos.


