O Ministério Público de Sergipe realizou, em parceria com o Ministério Público do Trabalho e com o Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento à Violência Sexual, um abraço simbólico para celebrar os três anos de funcionamento do Centro de Referência de Atendimento Integral Infantojuvenil. O encontro, que reuniu membros do sistema de Justiça, representantes da rede de proteção e instituições parceiras, destacou a relevância do CRAI como referência estadual no acolhimento humanizado de crianças e adolescentes vítimas de violência.
Criado em 2021, o centro concentra em um único ambiente atendimento psicossocial, escuta especializada, perícia médico legal e acompanhamento multiprofissional. Desde a inauguração, mais de dez mil atendimentos foram realizados, reduzindo deslocamentos, evitando revitimização e fortalecendo a confiança das famílias no sistema de proteção.
A promotora Lilian Carvalho ressaltou que o serviço mudou o percurso de acolhimento das vítimas ao reunir, em um mesmo espaço, todas as etapas necessárias para o atendimento. A coordenadora do CRAI, Lourivânia Prado, destacou a importância da atuação integrada da rede e alertou para o desafio persistente da subnotificação, reforçando que muitos casos ainda não chegam ao conhecimento das autoridades.
O procurador do Trabalho Emerson Albuquerque lembrou que o centro foi viabilizado com recursos de acordos homologados pela Justiça do Trabalho e enalteceu o impacto do equipamento no enfrentamento à violência sexual. A celebração também marcou o início da capacitação promovida pelo Unicef sobre escuta protegida, voltada ao aprimoramento das práticas previstas na Lei 13.431.


