A decisão do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ-SE) que absolveu o advogado Ricardo Almeida da acusação de estupro contra a também advogada Bruna Hollanda repercutiu intensamente no meio jurídico sergipano desde ontem, 20.
A defesa de Ricardo Almeida comemorou o resultado e afirmou que a absolvição confirma a tese sustentada desde o começo das investigações. Segundo o advogado Osny Campos, o conjunto probatório afastou qualquer possibilidade de materialidade. “Desde o início, deixamos claro que não havia nenhum indício que confirmasse o crime. O próprio laudo pericial do Instituto Médico Legal demonstrou que seria impossível que meu cliente tivesse praticado o ato imputado”, declarou.
Em contrapartida, a advogada Izabella Borges, que representa Bruna Hollanda, reforçou que a luta judicial continua e confirmou que recorrerá da decisão. “Nossa clienta, vítima de violência sexual, permanece assistida pela equipe. No prazo legal, recorreremos ao Tribunal, convictas de que a Justiça será restabelecida”, afirmou.
A OAB/SE, que afastou Ricardo Almeida de suas funções no conselho, ainda não emitiu nova nota sobre a absolvição. À época dos fatos, a entidade informou ter acolhido Bruna, que posteriormente renunciou ao cargo de conselheira por considerar insuficiente o suporte institucional recebido.
O caso ganhou atenção em fevereiro de 2024, quando Bruna relatou à polícia que, após aceitar carona de Ricardo Almeida na saída de um bloco de carnaval, ele teria desviado o trajeto, ido até sua residência e cometido o estupro. Dias depois, ela realizou exames ginecológicos e registrou denúncia no DAGV.


